ARTE E DESIGN

O título dessa exposição já nos acena uma ideia de convite, um abrir de portas para entrarmos na casa/obra do artista e nos sentirmos em casa.

Por meio de objetos, pinturas, desenhos, caixas/casas, podemos possivelmente ir adentrando na interioridade, na intimidade de suas casas. Espaços depositários de historicidades, memórias, segredos, fantasias, saudades, desejos e realidades. 

Seus trabalhos nos fazem concordar com Gaston Bachelard quando diz: a casa significa o espaço da alma. É com a alma que Alexandre abre as muitas portas de seus compartimentos interiores. Suas casas são espaços da família, amigos e Ensino de Arte. 

As imagens plásticas reúnem, somam os espaços de suas muitas casas: casa/lar, casa/idéias, casa/ambiente, casa/atelier, casa/escola. Nelas estão impressas, condensadas, resíduos dessas teias de inter-relações  circulares que envolvem o seu cotidiano.

Nelas encontramos a presentificação  de seus  percursos de pesquisas plásticas: materiais alternativos, objetos diversos, pintura objetos,  objetos pinturas, desenhos pictóricos, desenhos gráficos, se fundem nas composições marcadas pelo excesso, exagero. Nos atrevemos a dizer: imagens barrocas contemporâneas, formando um todo vivificado por uma exuberante policromia que testemunham a coragem e familiaridade  de Alexandre ao lidar com as cores, com o transbordamento que, ao nosso ver, formam a aura de suas composições poéticas.

 

Minha casa, sua casa, nossa casa.

É habitação de Alexandre França.

O artista  faz do espaço da casa,

um santuário para abrigar sua Arte.

 

 Aninha Duarte, aos três de junho, outono de dois mil e cinco

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Aninha Duarte é artista plástica, professora dra. do IARTE UFU e co fundadora e coordenadora do NUPPE.